A previsão:
Devido ao avanço da tecnologia, da informática e dos serviços de entrega ao domicílio, estavam criadas as condições para uma mudança radical no sistema comercial.
As lojas físicas, com o aumento da diversificação de produtos, parecem não ser capazes de atender à novas características do mercado. Tornaram-se demasiado confusas e incapazes de garantir a oferta adequada às exigências dos seus clientes.
Assim, a tendência natural seria a transferência dos processos de compra para as plataformas online numa lógica de maximizar a conveniência.
O que não previmos:
O principal erro foi a identificação do alvo para o qual este novo sistema traria mais valor.
A premissa de que as compras repetitivas poderiam vir a adquirir uma forma de reabastecimento automático tem na realidade mais valor nas cadeias B2B do que para o cliente final (individual)que, apesar de mostrar interesse pela compra online, ainda sente necessidade de experienciar o produto (observar, tocar etc).
Outra das dificuldades não previstas foram os inúmeros problemas logísticos que se verificaram para conseguir tornar lucrativa a entrega ao domicílio de alguns produtos.
Os próximos 10 anos:
Tudo aponta para que esta tendência se enraíze nas empresas B2B onde de facto o reabastecimento automático de matéria-prima permite aumentar a eficiência dos negócios.
Joana Santos e Francisco Ladeira